Ladrando à Lua (1) - O país com orelhas de burro

Acabámos de saber pela nefanda ministra das finanças (não encontrei razão até agora para usar maiúsculas) que 50% da actividade dos funcionários públicos não era produtiva, sendo aquilo que eufemisticamente se chama burocracia. Não me diga! Como é que descobriu? Os serviços secretos, talvez. Espero que agora esse bicho improdutivo da burocracia seja extirpado da função pública! Mas, neste país em que se criam comissões para estudar as conclusões de outras comissões e que um problema surgido não leva à sua resolução mas antes à criação de um gabinete que vai estudar o problema, dizia eu, num país assim, esta brilhante conclusão vai ficar como isso mesmo. Bem, talvez se crie uma comissão para estudar o problema.
Pois, diz o leitor, lá estão os vermelhuscos a atacar até nos blogs! Cambada de comunas!! Fim de citação. Este tipo de apartes é típico do português… Se não é dos nossos não pode ter razão. Se a ideia veio dos tipos da oposição, pode ser boa mas não é nossa – e isto sucede qualquer que seja a oposição e a situação. Não existe a honestidade de pegar nas boas ideias, independentemente do quadrante de onde vieram. E é por isso que continuamos no cu da Europa – já cheira mal!
Porque não pegamos no problema, não o analisamos rápida e eficientemente, não construímos um plano para o resolver e não executamos esse plano com controlo e sem ninguém meter dinheiro ao bolso e os custos dispararem disparatadamente? É assim tão difícil? Porque é que continuamos a ser o país que vai de castigo para o canto da sala com orelhas de burro?
tuguinho, cínico encartado
(continua)

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