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A mostrar mensagens de junho, 2008

O triste fado português

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Há coisas que nunca mudam, e o modo de ser português é uma delas. Não compreendo que qualquer português possa estar contente com a derrota da Selecção Nacional de futebol só porque não gosta do treinador. Mas isso é o espelho da nossa mediocridade e dum país de invejosos... Portugal caiu nos quartos-de-final do campeonato da Europa aos pés (e cabeça) da Alemanha (como disse Gary Lineker, no futebol são 11 contra 11, há uma bola e no fim ganham os alemães) e mais uma vez ficou pelo caminho quando muitos já faziam a festa antecipada. Passamos sempre do 8 para o 80 e rapidamente da euforia para a depressão. Tão depressa somos os melhores do mundo como logo a seguir tudo é mau. É este o nosso fado, ficamos sempre aquém da glória esperada. O adeus de Scolari à Selecção Nacional reflecte uma carreira em regressão: em 2004 fomos à final do Europeu, em 2006 ficámos pela meia-final do Mundial, em 2008 não passámos dos quartos-de-final do Europeu. Foi sempre em marcha-atrás e acaba por marcar o

Torrente de imbecilidades

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Um destes fins-de-semana desloquei-me a uma localidade do Alentejo para um aniversário de familiar ancião. Até aqui nada de novo, pois já o ano passado o evento tinha ocorrido. Desta vez o restaurante do ano passado não estava aberto, pelo que o almoço foi realizado noutro espaço tipo-tenda, onde estava também uma excursão com pessoas de... Lisboa. Até aqui também nada de novo, pois o espaço é grande e permite a realização de festas para muita gente (casamentos, baptizados, etc.), e há que rentabilizá-los. Pior foi quando resolveram dar-nos música. Havia um espaço amplo parta dançar e a organizadora tem um acordeão electrónico que dá para uns bailaricos, e até aqui também nada de novo, pois música popularucha nestas festas é o que está a dar... Só que antes da dona entrar em cena, e para acompanhar o almoço, puseram a tocar uma compilação de músicas do Quim Barreiros! E aqui é que ficou tudo estragado. Ouvir o “quero cheirar teu bacalhau, Maria” ainda passa e até tem alguma piada. O pi

Camionistas em greve

Este país está a precisar dum levantamento popular. Por muito menos, um buzinão na ponte 25 de Abril precipitou o início do fim do cavaquismo. Agora o governo mais reaccionário desde a revolução está a pedir que alguém o encoste à parede. Parece que o primeiro-ministro não se impressionou com as 200 mil pessoas que desfilaram na Avenida da Liberdade, pode ser que se impressione com um país paralisado. Se começarem a faltar abastecimentos e houver uma revolta da população, pode ser que então José Sócrates e os seus “boys” saiam do seu autismo e comecem a olhar para os problemas reais do país e sejam obrigados a fazer marcha-atrás nas suas políticas ultra-liberais. Nem Cavaco Silva em 10 anos ousou ir tão longe no ataque às conquistas de Abril. Kroniketas, sempre kontra as tretas