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A mostrar mensagens de dezembro, 2003

O Impulso Estético (1) – O custo de vida

Nestes dias de festa programada e consumismo assumido em que, quer queiramos quer não, acabamos por entrar no jogo, é talvez a altura ideal para meditar sobre certas coisas que compõem a nossa vida. O burburinho da civilização levou-nos a viver rodeados de coisas que nos confortam a existência ou nem isso, mas que somos levados a ter porque, por pressão directa ou indirecta da sociedade, parece mal não termos. Não é que muitas delas não sejam úteis, o problema é a sua sobrevalorização! Além das coisas que são simplesmente sumptuárias ou nos amaciam o ego e nem deviam ser consideradas, mesmo o que nos facilita a existência foi colocado num pedestal e substitui hoje em dia a densidade intrínseca das pessoas. Dizerem-me que ela tem um vestido feito por A ou B ou que ele tem um roupeiro cheio de peças da marca X não diz nada sobre ninguém! Não me interpretem mal! Não sou nenhum ecologista radical que pensa que devíamos viver em refúgios nas rochas e sermos novamente presas e não predador

Ladrando à Lua (7) - E sair do raio do parque?

Pois é, lá vamos ter que zurzir em mais alguém. Então não é que os nossos amigos espanhóis fizeram um Corte Inglês em Lisboa com uma entrada para o estacionamento que enjoa, de tanta voltinha em espiral, e onde mal cabe um carro? Mas se para entrar é mau, para sair é pior. Em dias de muito afluxo de trânsito, é o caos. Consta que chegam a ficar as saídas bloqueadas, o que é óptimo para quem tiver claustrofobia. Há quem demore uma hora e meia para sair do parque. Quem tiver crianças, como é? Podem ficar ali a apanhar todo aquele fumo? E os carros, sempre a subir, podem aguentar tanto tempo em arranques em ponto de embraiagem? Se algum avaria, então é que mais ninguém sai. Se calhar esqueceram-se de verificar primeiro que aquela é uma zona de muito trânsito em horas de ponta, com vários semáforos que entopem o trânsito. Quem sair do parque e os apanhar, está tramado. O resultado é hora e meia para sair do raio do parque. Em comparação com o Colombo, por exemplo, a diferença é abismal,

A Voz do Povo (periódico sem data certa)

Os outros países têm estadistas nos seus governos. Nós optámos por ter seguidistas… Blogoberto, chico-esperto

As Tetas da Vida - A Primeira Vez

Algum dos senhores leitores (isto dispensa as senhoras leitoras desta cogitação) entende as mulheres? Ena, um senhor na terceira fila levantou a mão! Ah… só quer saber onde é a casa de banho… Pois é, ninguém respondeu afirmativamente. Pediram-me os autores deste blog a colaboração presente (gratuita, obviamente) e deixaram-me a incauta liberdade de escolher o tema. Mal sabem eles no que se meteram! Não é que escolhi falar sobre esse divino bicharoco que é a mulher? Apesar de divino, partilha outra coisa com o conceito de divindade: embora aceitemos que existem, sabemos muito pouco sobre elas… e o pouco que conhecemos não sabemos se foi inventado por alguma mãe extremosa que quis endeusar o seu rebento. Por vezes são completamente contraditórias nos sinais que emitem, evitando assim qualquer teorização ou sistematização sobre o seu comportamento típico. Estava eu há poucos dias ao balcão de uma conhecida discoteca da capital, absorto no meu gin tónico e nos seios da dama que se abana

Ladrando à Lua (6) - Ora pipocas...

Fomos uma grande nação há 500 anos (atenção: escreve-se HÁ 500 anos, do verbo haver, e não À 500 anos). Segundo reza a história (isto se os cronistas não fossem todos uns grandes mentirosos), demos novos mundos ao mundo, passámos o cabo Bojador e o cabo das Tormentas, traçámos a rota para a Índia, descobrimos o Brasil, ajudámos a escrever o mapa do mundo (isto descontando, claro, que chegávamos aos territórios de África e dizimávamos os indígenas - não era propriamente uma ocupação pacífica; e que os marinheiros não eram intrépidos aventureiros, mas dos piores bandidos e condenados do reino que eram metidos quase à força nas caravelas, para se verem livres deles; mas isso são contas doutro rosário...). Enfim, tivemos algum poder no mundo, como outros países que tiveram colónias por aí e ainda hoje mantêm ligações aos ex-territórios, casos da Espanha, França e Inglaterra. Depois foi a decadência (alguns anitos depois, mas foi...). Um governo autista e fechado sobre si mesmo não resolveu

O presidente mais bronco da história

Só podia vir dos Estados Unidos, claro. Como quase tudo o que vem de lá que não se aproveita. Falamos, naturalmente, de George W. Bush, um texano ignorante e estúpido em último grau, que só poderia ser presidente daquele país. Razão tinha Fidel, quando disse que esperava que ele não fosse tão burro como parecia. Enganou-se! É mais! Até nós, com a nossa mentalidade pequenina, temos tido a sabedoria de eleger, normalmente, o melhor presidente. Se recuarmos ao 25 de Abril e olharmos para os candidatos presentes nas várias eleições, facilmente concluimos que, na hora de escolher o presidente, o povo português tem escolhido sempre bem. Qualquer outra escolha, em todas as eleições, teria sido sempre pior. Até agora. Mas do país dos donos do mundo, onde tudo vale, até criar um método aberrante onde o candidato com mais votos pode perder as eleições (e assim aconteceu da última vez), chega-nos este espécime que só vê cifrões à frente e não olha a meios para atingir os seus fins, os fins que i

Ladrando à Lua (5) - Seja um NetNabo!

Na continuação das generosas “ofertas” que nos fazem via telefone, temos dois planos de acesso à Internet que merecem ser contados, e que merecem ser denunciados à Deco e ao Instituto do consumidor. Os simpáticos da Portugal Telecom, que todos os meses esmifram o cliente com uma assinatura de 3 contos só por ter um aparelho em casa, também me fizeram recentemente uma generosa oferta. Tratava-se de me instalarem gratuitamente uma segunda linha telefónica para me dar a possibilidade de aceder à Internet sem ocupar a linha do telefone de casa. Durante 6 meses a utilização desta linha seria gratuita, após o que eu passaria a pagar uma assinatura igual à que já pago para ter o telefone em casa. Isto quer dizer que, quer utilizasse ou não a Internet, pagaria sempre a tal assinatura. E pronto. Depois o acesso seria por minha conta e risco, naturalmente pagando o acesso que escolhesse. Falta dizer que esta linha não era RDIS, não era cabo, era uma linha normalíssima, com a lentidão que aquele

Com espírito pouco natalício

Estamos naquilo a que se poderia chamar uma “silly season”. Nesta época torna-se obrigatório ser solidário e bonzinho, mesmo que se passe o ano a sacanear o próximo. Dá-se presentes a torto e a direito, fazem-se almoços e jantares de empresas, onde se juntam em ambiente festivo pessoas que se calhar se detestam o resto do ano, somos bombardeados com possíveis ofertas para os pais, filhos, namorados/as, todo o tipo de bebidas e comidas adequadas à época, no dia 25 lá vão passar na televisão 50 reportagens, sempre iguais ano após ano, sobre as ementas de Natal com o famigerado bacalhau com couves (mas há tantas maneiras bem melhores de comer bacalhau, por que raio é que há-de ser com couves?). E, claro, vai passar pela 35ª vez o “Sozinho em casa” na SIC. Passam-se dias numa azáfama absurda para comprar presentes, o que provoca filas intermináveis nos centros comerciais e no trânsito. E se todos ficassem sossegadinhos em casa e dessem só prendas aos filhos, como se fazia antes? Não havia

Ladrando à Lua (4) - Alcântara-Ar

É cíclico. De quando em vez surge uma alma iluminada que tenta à viva força transferir Manhattan para Portugal. É certo que ainda nenhuma dessas tentativas se lembrou de colocar um arranha-céus de dezenas de andares num monte alentejano, mas Lisboa e arredores não se livram destas consecutivas manobras de construção em altura. Depois da Manhattan de Cacilhas – que nem era má de todo, não sou velho do Restelo – calhou-nos o empreendimento Alcântara-Ar, desta vez com tentativa de caucionamento cultural por via do autor do projecto, o Arquitecto Siza Vieira. Autor de diversas obras de grande valor (da que gostei mais foi mesmo dos novos cálices para vinho do Porto!), resolveu agora passar a obras de grande altura. Que isso se passasse em qualquer incaracterística cidade americana, vá que não vá – agora um arranha-céus no vale de Alcântara? Entalado entre a ponte e o aqueduto, qual paliteiro pós-moderno a limpar os dentes a algum deus mais rasteiro? Mas mais maquiavélico que isso é quere

Néctares de Baco (1) - O preço é só um começo

Lá dizia a propaganda do beato de Santa Comba Dão, que beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses. Nos tempos que correm não serão tantos a comer, com certeza, mas os que produzem fazem-no bem melhor. Findo que está o reinado do vinho a granel, que corria baixo das tabernas esconsas de bairro, nas últimas duas décadas tem sido percorrido um longo caminho em direcção à qualidade. Não só os produtores, na sua maioria, apostaram definitivamente nessa qualidade, como também os consumidores, inundados de informação vinícola, com guias, roteiros e feiras de vinhos anuais, estão mais exigentes e por isso a selecção dos produtos vendidos tem de ser ainda mais rigorosa. Só há uma coisa que espanta: como é que podem aparecer todos os anos mais não sei quantas marcas de vinho, em particular do Alentejo? Haverá vinha para tanto vinho? De qualquer modo, há por aí umas preciosidades que vale a pena descobrir (e não queremos com isto armar-nos em críticos da matéria, nem sequer rival

Ladrando à Lua (3) - Variações sobre o telemarketing

Está um indivíduo posto em sossego na sua casa, quando o telefone toca, por volta da hora do jantar. Normalmente, a esta hora, ou é alguém conhecido, ou (hipótese mais desagradável) é aquilo que nós não queremos: um daqueles impertinentes funcionários de uma qualquer obscura empresa, que decoraram a martelo um arrazoado infindável de banalidades e que, acto contínuo, depois de nos perguntarem se estamos bem de saúde e fazerem votos para não nos estarem a incomodar (hipótese altamente improvável, uma vez que estamos por volta da hora de jantar; e se não querem incomodar, porque é que telefonam?), começam a bombardear-nos com uma torrente de vantagens sobre o excelente negócio que nos estão a propor. Depois de os ouvirmos pacientemente (se não lhes tivermos já desligado o telefone na cara), recusamos amavelmente a generosa oferta que nos é feita, com a frase-tipo “não estou interessado”. Às vezes, a coisa toma proporções um pouco inesperadas. Certa vez, foi-me oferecido um conjunto de l

O post(e) ensebado

Pois, lá diz o outro: não deixes de deixar para amanhã aquilo que podes não fazer hoje! Esquecemos uma coisa: o eixo da via também serve para nos aproximarmos antes de virar à esquerda! Amen. Kroniketas

Ladrando à Lua (2) - O Post Eléctrico

Somos um país do caraças! Qual é a outra nação do mundo, por mais rançosa ou atrasada, das profundezas do terceiro mundo ao aglomerado insalubre de barracos mais pobre, que tem um poste eléctrico plantado a meio duma estrada? Qual é o povo que concluiria que um acidente provocado por esse poste teria certamente origem no excesso de velocidade (espécie de aspirina que explica tudo em matéria de acidentes de viação) e não na colocação inaudita do referido mastro? Bem, é certo que estava no eixo da via, que só deve ser cruzado para ultrapassar, portanto, tecnicamente, não devia estorvar a condução (meu deus, isto pega-se!). Andava ali a boa da EDP, naquele ritmo característico “chove não molha” tão do agrado dos nossos serviços públicos, a braços com o poder local que também não arranjou melhor solução do que asfaltar à volta, quando vieram os intrometidos da tv a estragar a situação! Aquilo resolvia-se, mais ano menos ano, qual era a pressa? O poste não ia fugir, a estrada também não…!

Pedimos desculpa pela interrupção, o programa segue dentro de momentos...

Por motivos alheiros à nossa vontade, ainda não aparece no nosso blog de estalo (ou mesmo pontapé!) o e-mail para feedback . Podem dissertar sobre os assuntos epigrafados para o kronikastugas@hotmail.com E perguntar-nos-ão: "Para quê uma merda de uma linguagem tão rebuscada?" Bem, tal como o vinagre afasta as moscas, talvez assim afastemos grunhos e afins que nada têm a dizer (de jeito). Bem hajam tuguinho & kroniketas , tanto vão imperiais como lambretas

Tal como os Dupondt...

Eu diria mesmo mais: não se pode esquecer as "cotas" de malha que os cavaleiros usavam nas batalhas. É nisto que dá transformar os tão prosaicos "sujeito" e "predicado" em "sintagma nominal" e sintagma verbal". Desculpe, importa-se de repetir? Pois então, o que esperavam dum sistema de ensino (ensino?) em que chumbar os meninos é anti-pedagógico, marcar faltas é anti-pedagógico, pôr fora da sala é anti-pedagógico? Pelos vistos, o que é pedagógico é criar licenciados analfabetos. E já agora: não seria de obrigar os jornalistas a fazerem primeiro um curso de português? Kroniketas

A iliteracia na tugalândia – A vingança do chinês

Já pensou se, de cada vez que inspirasse ou expirasse, tivesse de pensar em tudo o que tinha de fazer o seu corpo para executar essa simples acção? Milhares de vezes por dia? Agora pense se tivesse de fazer o mesmo de cada vez que fizesse uma simples conta de multiplicar – se não soubesse imediatamente que 7 x 9 são 63, lá teria de somar 7 parcelas iguais a 9 para saber o resultado. Parece estúpido, não parece? Mas é isso que está a acontecer (para não irmos mais longe) com os nossos nóveis universitários. Estão a entrar na universidade, mas ainda contam pelos dedos… Que anátema caiu sobre o acto de decorar que foi banido das nossas escolas primárias? Dizem que o que é fundamental é compreender antes de criar os automatismos. Muito bem, então comecem a ensinar teoria dos números no 1º ano do 1º grau! Não foi preciso conhecer essa teoria para que conseguíssemos executar operações aritméticas normais, tal como não é necessário saber de antemão física e química avançadas para compreende

Futebolices

Como não podia deixar de ser, lá vem o futebol. Portanto, quem não gostar pode parar de ler por aqui. E quem não for benfiquista nem devia ter começado a ler... Então agora está na moda a renovação do jovem João Pereira. Parece que o rapazinho (19 anos) não está agradado com os números do contrato que lhe é proposto (ele ou o empresário, claro). Parece que 900 contos é pouco. Esperem lá. Eu disse 900??? E disse que ele tem 19 anos? Há qualquer coisa aqui que está mal. O puto até é promissor, e está em alta. Mas ainda não passa disso mesmo, uma promessa, um projecto de jogador. Tal e qual como Laszlo Boloni disse do Ricardo Quaresma. E já estar a armar aos cucos, a armar em vedeta? Mas quem é que ele pensa que é? Dão 900 contos? Parece que entretanto a parada já subiu. Mas digam-me lá onde é que pagam 900 contos, que eu vou já para lá sem discutir. Esta história da renovação começa a parecer uma novela, e já começa a cheirar mal. Parece a renovação do Camacho. Passam semanas e seman

Filosofia de vida das Krónikas

São estes os nossos princípios, as regras que nos guiam no nosso dia-a-dia. Ora vejam se aprendem alguma coisa: • Who cares? • As férias são uma coisa demasiado séria para ser gozada • Sexta-feira é sempre santa • A inocência é o supra-sumo da arte de enganar os outros • Nada está completo E agora algumas frases preferidas: • Só sei que nada sei, e o não saber é o princípio de todo o conhecimento (Sócrates – o filósofo, não o político) • Aqueles que julgam que sabem tudo, serão porventura os mais ignorantes (Kroniketas) • Todos os grandes homães se tornam lêndeas (Kroniketas) • A man’s got to know his limitations (Dirty Harry) • Prognósticos só no fim do jogo (João Pinto, FC Porto) • O meu coração só tem uma cor: azul e branco (João Pinto, FC Porto) • Derby é derby e vice-versa (Mário Jardel, FC Porto e Sporting) • O clube estava à beira do abismo, mas agora tomou a decisão correcta: deu um passo em frente (esta frase já foi atribuída a diversos futebolistas, mas não há

Com coisas sérias não se brinca

Nada disso. Não se pode ofender os poderes instituídos, os puritanismos hipócritas tão típicos deste povo marcado a ferro e fogo por meio século de obscurantismo salazarista, a santa madre igreja com as suas missas, beatas e os padrecos pedófilos, sua santidade o papa decrépito, a cair da tripeça, mas tentando aguentar firme e hirto, como diria o Alexandrino, para levar o seu pontificado até ao fim... dele próprio! Não se pode pôr em causa a moral (que moral?) católica e cristã (confesso que não sei muito bem qual é a diferença, e também nunca me preocupei muito com isso) que impede que se faça uma lei do aborto justa e moderna, que acabe de uma vez por todas com a farsa dos abortos clandestinos que só prejudicam as próprias mulheres que os fazem, enquanto os defensores do “direito à vida” (mas não do “direito a uma vida digna”) continuam teimosamente a manter o seu autismo em relação aos dramas da vida real das pessoas reais (sim, muitas são aquelas que, infelizmente para elas própria

Declaração de Extensões (que é como quem diz, tensões que já passaram)

Alto lá, cambada. Mas quem é este gajo que está pr’aqui armado em bem falante, com palavras caras? O quê? Tuguinho? Mas que nome mais foleiro. Ah, ele não vos disse que além das KRONIKAS dele também ia haver KRONIKETAS? Pois é. Vejam lá que ele até se esqueceu de dizer, na sua (dele) declaração de intenções, que as Krónikas Tugas vão ser uma lança apontada, sim, mas às lacunas culturais e linguísticas desta malta: às lacunas das mães, às lacunas das primas, às lacunas das tias. Se bem que, nisto da língua, cada um faz o que quer com ela... E já agora: já repararam naqueles irritantes textos que passam em rodapé nos telejornais? É cada “tuguice” que até dói. Alguém disse, uma vez, que as entrevistas feitas aos cantores de rock eram artigos escritos por pessoas que não sabem escrever, com pessoas que não sabem falar, para pessoas que não sabem ler. Vendo estes pontapés na gramática, dá vontade de perguntar onde é que este pessoal aprendeu a escrever. Ou melhor: será que aprendeu? Do

Por falar em ministra das finanças...

Sabiam qual vai ser o método usado pelo governo para dissuadir os fumadores? Naquele lugar onde aparece aquela frase terrível nos maços de tabaco, vão pôr uma fotografia da nossa Manuela com a legenda: MATA! Kroniketas

Ladrando à Lua (1) - O país com orelhas de burro

Acabámos de saber pela nefanda ministra das finanças (não encontrei razão até agora para usar maiúsculas) que 50% da actividade dos funcionários públicos não era produtiva, sendo aquilo que eufemisticamente se chama burocracia. Não me diga! Como é que descobriu? Os serviços secretos, talvez. Espero que agora esse bicho improdutivo da burocracia seja extirpado da função pública! Mas, neste país em que se criam comissões para estudar as conclusões de outras comissões e que um problema surgido não leva à sua resolução mas antes à criação de um gabinete que vai estudar o problema, dizia eu, num país assim, esta brilhante conclusão vai ficar como isso mesmo. Bem, talvez se crie uma comissão para estudar o problema. Pois, diz o leitor, lá estão os vermelhuscos a atacar até nos blogs! Cambada de comunas!! Fim de citação. Este tipo de apartes é típico do português… Se não é dos nossos não pode ter razão. Se a ideia veio dos tipos da oposição, pode ser boa mas não é nossa – e isto sucede qualq

IMPORTANTE: Adenda à Declaração de Intenções

Olá! Só um momento. […] Pronto. Estava aqui a acabar de me fustigar com um látego especialmente criado para esta ocasião, para melhor me rasgar a pele dos costados pela minha falha lobotómica na Declaração de Intenções. Então não é que me esqueci de duas das coisas que mais apreciamos e que serão sem dúvida tema de alguns dos nossos posts? Nada mais, nada menos do que a Música e o Vinho! Melómanos diletantes dos sons (sem limites) e amantes dos néctares de Dioniso (com conta, peso, medida e bom gosto), fui amargamente fustigado por ter olvidado estes dois vértices do hipercubo que é a vida (a fase científica do post termina aqui). Foi talvez efeito deste ecletismo de interesses das nossas pessoas (acaba aqui a fase gabarola do post), que acaba por diluir os interesses individuais nesta floresta de gostos. Pronto, já disse. tuguinho

A iliteracia na tugalândia

Se há coisa com que não posso é com as calinadas que se dão no português. Anos e anos de novas técnicas pedagógicas deram nisto: várias gerações seguidas que não sabem escrever português nem entendem frases com mais de três palavras… Se não fosse tão triste, por vezes seria hilariante: desde os casos de gritante analfabrutismo até às gralhas por evidente ignorância e falta de cultura geral, o tuga iletrado já chegou a todo o lado – da Antártida sovada pela “Antártica” (muito frequente, esta), à “medula-espinhal” que me ficou atravessada na garganta (recorrente, num programa de tv sobre o corpo humano), há de tudo para todos, há gralhas que vão ao encontro do gosto de qualquer um (e não “de encontro ao”, senhores jornalistas!) Dantes o arquétipo do analfabeto era o do pastor que tinha passado a vida com as cabras (das que dão leite) que, como ele, também não sabiam ler nem escrever. Ou o pobre que teve de ir trabalhar antes de aprender as primeiras letras. Ou seja, analfabetos pela

Declaração de intenções

Não nos comprometeremos com nada, para podermos gozar com tudo. Prometemos posts brincalhões, alguns alarves porventura, mas nunca fúteis, e outros mais sérios ou empenhados. Prometemos falar de literatura e poesia, mulheres (sim, ao contrário do que está na moda, gostamos muito), futebol (aqui somos mesmo sectários; Benficaaaaa!!!), automóveis, mulheres (sim, eu sei que já referi, mas nunca é demais), áreas mais públicas e outras mais púbicas, política, fotografia, cinema e o mais que nos acudir às meninges. Toiros não! Toiros aqui só entram por nítido azar com as consortes. Não encontrarão vernáculo neste blog (vá lá, uma escorregadela ou outra podem acontecer), mais por questões estéticas do que por questões morais, pois não somos propriamente uns puritanos (até já lemos os livros todos do Mestre Vilhena). Post’o isto (eu sei que o trocadilho é estúpido, mas não resisti!), vamos à vida que o tempo é de crise e o Natal está à porta. Vosso, tuguinho
Olá a todo o universo tuga! Isto é só para abrir as hostilidades! O sumo aparecerá nos próximos dias. tuguinho