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A mostrar mensagens de junho, 2007

A ralé da ralé

Este fim-de-semana fui pela segunda vez assistir a um jogo de futsal, na final do “play-off” entre Benfica e Sporting. Levei comigo o meu filho e tivemos o azar de ficar na bancada perto do topo onde ficaram as claques do Sporting, com a Juve Leo mesmo ali em frente. Nunca tinha estado assim tão perto daquela claque, a uma distância suficiente para ver as caras deles, o que vestem, como se comportam, os gestos que fazem. É mau de mais para ser verdade. Aquilo ainda é pior do que eu pensava. Aquela gente não é escumalha, é pior que isso, é a ralé da ralé. É um bando de anormais, selvagens e energúmenos, que deviam estar acorrentados com uma canga e ser tratados a chicote. Eles não vão lá para ver o jogo, vão para provocar os adeptos adversários e desafiá-los para a porrada lá fora. Ao entrarem no pavilhão começaram logo por olhar para os benfiquistas mais próximos e chamar-lhes “filhos da puta”. Infelizmente não havia grande fuga, porque no topo oposto estavam as claques do Benfica. E e

Um dia havia de acontecer...

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Este é o milésimo post publicado neste blog. Se fosse vigésimo ou, como é agora, décimo, ainda podia ser premiado. Agora milésimo, não. Vai sair sempre branco. O que é que se faz numa ocasião destas? Soltam-se vivas, apanhamos uma de caixão à cova ou publicamos simplesmente um texto parvo? É melhor sermos coerentes e mantermo-nos na linha editorial destes três anos e picos - escreve-se um texto parvo! Mil posts não é muito! Quando chegarmos aos dez mil é que ficarei mesmo preocupado... Mas, não sendo muito, já é alguma coisa! Como geralmente o que se diz é que é preciso fazer alguma coisa, estamos descansados - fizemos! Depois disto pouco há a dizer: "o jantar está ao lume", "filho chama o pai para dentro" ou "mais depressa, mais depressa!", nenhuma nos pareceu adequada. Ainda pensámos em "ai Cajó, que me desgraçaste!", mas era anacrónica. Perpassou-nos pela mente um "parabéns, são gémeos" ou um "fruta ó chocolate" bem puxadin

O verme rastejou para fora do buraco

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O Papa voltou a vomitar umas aleivosias contra o seu inimigo de estimação, o Sport Lisboa e Benfica. Esta execrável e nojenta figura veio acusar o Benfica de pagar uma viagem ao Luxemburgo à Leonor Pinhão, dizendo ter na sua posse uma factura que o comprova. Para além de ser estranho ele ter essa factura, o que tem isso a ver com a viagem (ao Brasil ou ao México, não me lembro bem...) que o seu clube pagou aos irmãos Calheiros? Os mais desatentos estarão nesta altura a perguntar-se: mas qual é a diferença entre uma coisa e outra? É que a Leonor Pinhão é jornalista e sócia do Benfica. Os irmãos Calheiros eram árbitros de futebol. Estão a ver? Os jornalistas não arbitram jogos, pois não? Invocou o dito verme a confiança na justiça divina. Pois é, o Don Corleone também era religioso e baptizava os filhos enquanto os seus capangas assassinavam os chefes das famílias rivais. O Al Capone também chorava na ópera enquanto os seus “cappos” limpavam o sebo a uns quantos polícias incómodos. Eu pr

Adeus a Couceiro

A Selecção Nacional de futebol de sub-21 disse adeus aos Jogos Olímpicos de Pequim, depois de já ter dito adeus ao Europeu. Acho que é altura de dizer também adeus ao seleccionador José Couceiro. Kroniketas, sempre kontra as tretas

A praga da "personalidade"

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Tenho-me deparado com uma situação curiosa que é bastante típica do mundo actual e que vai bem a par da iliteracia funcional que por aí grassa. Digamos que é uma espécie de iliteracia emocional. Cada vez apanho mais gente que pensa que “ter personalidade” é ser brusco ou mesmo agressivo nas reacções, ser completamente assertivo nas afirmações (do tipo “raramente me engano e nunca tenho dúvidas”) e ter um ego descomunalmente inchado! Aliás, isto vai bem com o tipo de interesses na moda: desportos “radicais”, viajar, fazer compras, etc., etc., ou seja, injecções de adrenalina ou dopamina, mas nada que desenvolva as meningezitas das criaturas. Assim não me admira que confundam personalidade com arrogância. Meus caros, ter um temperamento doce ou não querer chegar a director-geral daqui a 3 meses não são sinais de “falta de personalidade”! E gostar da mesma coisa que todos os outros, querer fazer e comportar-se como todos os outros é mais próprio dos carneiros/ovelhas do que dos ser

Ai que saudades que eu já tinha de Alcochete!...

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O título deste post é para ler em ritmo de fado marialva, assim tipo Câmara Pereira (qualquer um dos milhares deles que cantam), mas em tom alegre. Depois de atravessarmos o deserto (da margem sul) foi preciso aparecer a CIP com um estudo sobre uma localização alternativa do novo aeroporto para o governo mudar de ideias e deixar de ser casmurro. É claro que o Sócrates já deve estar farto do Lino até à ponta dos cabelos e este foi um bom pretexto para alterar a posição governamental sem perder a face. O engraçado nisto tudo é que um dos responsáveis deste novel estudo é um outro famigerado piadista governamental de nome Carlos Borrego! Espero que seja apenas coincidência. Aliás, a intervenção do homem, penso que no noticiário da RTP-N, foi muito clara e eficaz. É certo que também vamos ver os ecologistas a defenderem os eucaliptos da zona H6, visto que ao que parece não há por ali sobreiros, nem os aviões vão trucidar bandos de aves em perigo de extinção, mas enfim... (Só uma perguntita

Mania das grandezas

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Estes dois veículos estão estacionados lado a lado na mesma garagem. Ao pé do maior, o mais pequeno parece uma joaninha. O lugar do estacionamento quase não chega para pôr lá o Audi. Vistos de lado, o jipe aparece por cima, pela frente e por trás do outro. A pergunta é: o que é que leva alguém a querer ter um monstro daquele tamanho? Será mania das grandezas, ou apenas uma patética exibição de novo-riquismo? Kroniketas, sempre kontra as tretas