Os quatro títulos para o Sporting: pequenez, mesquinhice, miserabilismo e complexo de inferioridade

Esta idiotice que um tonto de nome Bruno de Carvalho resolveu desencadear, apenas com o objectivo de evitar que o seu clube ficasse com metade dos títulos de campeão nacional do Benfica (18-36), ameaça tornar-se uma das anedotas do ano, quiçá do século!

Até sportinguistas insuspeitos consideram esta pretensão um perfeito disparate. Só mesmo os quatro títulos que encimam este texto justificam tamanha obsessão com esta patética e desesperada tentativa de reescrever a história 90 anos depois dos factos terem ocorrido!

Qualquer pessoa medianamente inteligente e com um mínimo de razoabilidade percebe que esta pretensão não tem pés nem cabeça, muito menos qualquer ponta de rigor histórico, uma vez que pretende misturar competições completamente diferentes na sua génese – uma prova a eliminar e outra em sistema de “poule” a duas voltas, com jornadas de todos contra todos, como em qualquer campeonato normal – somando os respectivos títulos em sequência como se fossem uma e a mesma coisa... Já toda a gente percebeu que não são, nunca foram nem nunca serão, por muito que alguns obcecados insistam...

O que se prepara para acontecer é tão mais aberrante quanto na propalada assembleia-geral da Federação Portuguesa de Futebol vai haver gente a julgar em causa própria – uma aberração ao arrepio de todos os princípios jurídicos, como se sabe. Vão votar as associações distritais da Madeira, de Faro, etc. Ou seja: os seus representantes vão decidir se, 90 e tal anos depois, os clubes do seu distrito foram ou não campeões nacionais! Bravo!

Só para que se perceba o que está em causa, o presidente do Marítimo já disse “nós vamos pôr lá uma faixa de campeões nacionais”, pelo tal Campeonato de Portugal que ganharam em 1926! Pois claro! Nunca foram, mas 96 anos depois passam a ser. A mesma anormalidade com o Olhanense, onde, 98 anos depois, “reina a esperança”! Até o Carcavelinhos, extinto em 1942, corre o risco de ser campeão póstumo!

Só para que se entenda melhor a aberração histórica de que estamos a falar, basta recordar o drama vivido pelo Belenenses quando perdeu para o Benfica (a quatro minutos do fim da última jornada) o título de campeão nacional em 1955 – história contada no link abaixo, no site zerozero.pt. Há quem diga que o trauma da perda desse título (que seria o segundo) foi tão grande, que o Belenenses nunca mais se recuperou e começou aí o seu lento definhar – exactamente porque ficou com o trauma do “título único”, que tinha ganho em 1946. Afinal, se nessa altura já houvesse um Bruno de Carvalho, não valia a pena tamanho desgosto, porque eles já tinham 4 títulos e não sabiam...

Com esta interminável novela lembro-me sempre de Eduardo Barroso a anunciar constantemente na televisão “nós somos diferentes”. De facto, quem os ouve pergunta: quem é que quereria ser igual a eles?

O problema deles é só um: chama-se Benfica e o seu insuperável complexo de inferioridade. Andar a mendigar títulos 80 anos depois é duma mesquinhice, duma pequenez e dum miserabilismo que não se coadunam minimamente com a grandeza que apregoam!

Acresce ainda que tudo isto, além de ser factualmente e historicamente falacioso, é intelectualmente desonesto! De facto eles são diferentes!

https://www.zerozero.pt/text.php?id=11212

Kroniketas, sempre kontra as tretas

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