O Impulso Estético (1) – O custo de vida
Nestes dias de festa programada e consumismo assumido em que, quer queiramos quer não, acabamos por entrar no jogo, é talvez a altura ideal para meditar sobre certas coisas que compõem a nossa vida.
O burburinho da civilização levou-nos a viver rodeados de coisas que nos confortam a existência ou nem isso, mas que somos levados a ter porque, por pressão directa ou indirecta da sociedade, parece mal não termos. Não é que muitas delas não sejam úteis, o problema é a sua sobrevalorização! Além das coisas que são simplesmente sumptuárias ou nos amaciam o ego e nem deviam ser consideradas, mesmo o que nos facilita a existência foi colocado num pedestal e substitui hoje em dia a densidade intrínseca das pessoas. Dizerem-me que ela tem um vestido feito por A ou B ou que ele tem um roupeiro cheio de peças da marca X não diz nada sobre ninguém!
Não me interpretem mal! Não sou nenhum ecologista radical que pensa que devíamos viver em refúgios nas rochas e sermos novamente presas e não predador