As bolas à trave

Pois é – pela segunda vez consecutiva o PS deu a Câmara de Lisboa aos adversários.
Para não estar a usar a metáfora violenta do tiro no pé, direi que foi a segunda bola à trave.
Não basta ter uma pose arrogante, dizer-se inteligente e ter uma mulher atraente para se ganharem eleições. É preciso ter ideias para contrapor e não ficar pelos generalismos do tipo “um jardim em cada bairro” (como? Demolindo um quarteirão qualquer para fazer o jardim?).
Era difícil perder depois da herança que Santana Lopes deixou, mas Carrilho conseguiu! Depois da pessegada do vídeo com a família apresentado no CCB nada de bom se augurava. E geralmente o que parece, é. E foi.
Foi uma campanha sempre em frente. E para baixo. Dos cartazes horríveis à utilização despudorada de um corpo para tapar os buracos das ideias, foi sempre para pior que se caminhou.
Confesso que houve um momento, na altura em que se escolhia o candidato do PS a Lisboa, em que ele me conseguiu enganar. Pelos vistos também conseguiu enganar o Coelho e o Sócrates…
Apetece-me dizer: é bem feito! Não o digo porque quem vai sofrer com estes erros de casting é Lisboa. Ou será que Carmona, sem a assombração Lopes, conseguirá redimir-se da cumplicidade no desastre dos últimos quatro anos? Diria que estou, no mínimo, céptico.
Devo dizer também que achei a Bárbara muito magrinha. Se o que ele mostrou na campanha é uma amostra do que é em casa, percebo a pose anoréxica…
Enfim, o que se pode dizer… estamos na tugalândia.

tuguinho, cínico desarmado (porque votou e o voto é a arma do povo!)

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