Ladrando ao Sol (21) - E agora, José?

Novo Primeiro-Ministro ou Eleições Antecipadas? E agora, José? Escapuliste-te para Bruxelas e deixaste-nos com a batata quente na mão! Ou deverei dizer laranja quente?
Lendo o que diz a Constituição de um modo estrito, o Presidente da República não é obrigado a convocar eleições, desde que o partido no governo lhe consiga apresentar um novo nome que conduza a uma solução estável de governação. E o problema mora aqui: se as eleições europeias ainda não tivessem ocorrido ou o seu resultado fosse confirmativo do apoio da população ao governo, até aceitaria que o PSD continuasse a governar, desde que o nome proposto me inspirasse um mínimo de confiança. Seria melhor para o país – há que não ser demagógico nem ter ataques de partidarite.
Mas não foi isto que aconteceu: as eleições europeias deram um aviso do tamanho de Portugal ao governo e à sua política. É por isso que a ida de Durão Barroso para Bruxelas me cheira a fuga. Ele tinha a cabeça a prémio e a sua validade não passaria das próximas eleições legislativas. Sendo assim, qualquer governo estará à partida fragilizado e limitado na sua acção e, no caso provável de ter Santana Lopes como primeiro-ministro, estará limitado duas vezes, pela situação política e pelo chefe que teria…
Daí que, entre não estar parado, ter governo já e ir aos trambolhões até ao fim da legislatura ou parar por três meses mas ter algo que me dê alguma confiança e que não tenha limitações, prefiro esta hipótese. Façam-se então eleições o mais depressa possível!
Senão, só mudamos de cherne para peixe-palhaço, mas as águas continuarão turvas.

tuguinho, cínico apavorado (pela possibilidade de ver a Cinha como Ministra da Cultura!)

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