Justiça ou barbárie?

O ano terminou com a notícia da morte por enforcamento de Saddam Hussein. A generalidade dos governos europeus condenou este acto, enquanto o inefável George W. Bush a saudou. O que ficou por explicar, quer por ele quer pelos executores, foi o que é que esta morte veio resolver, em que é que a questão do médio oriente beneficia com esta execução, ou qual é o seu contributo para a pacificação do Iraque.
Também não foi explicado se esta execução compensa os milhares que já morreram nesta guerra estúpida que é o resultado duma invasão estúpida patrocinada por um presidente estúpido. É que as mortes vão continuar a suceder-se, com Saddam vivo ou morto.
O que é mais indigno, para além de assistirmos a uma execução por enforcamento no século XXI, tal e qual como se fazia no “far west” no século XIX, é que um facínora como Pinochet tenha escapado a todos os julgamentos e a todas as condenações através de subterfúgios jurídicos e tenha acabado por morrer assistido num hospital onde ainda o tentaram salvar. Será porque este depôs um presidente democraticamente eleito no Chile, num golpe patrocinado pelos americanos? E será que a pressa em matar Saddam não esconderá algum receio de que viessem a ser reveladas outras questões comprometedoras em que os americanos possam estar envolvidos?

Kroniketas, sempre kontra as tretas

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