Estamos naquilo a que se poderia chamar uma “silly season”. Nesta época torna-se obrigatório ser solidário e bonzinho, mesmo que se passe o ano a sacanear o próximo. Dá-se presentes a torto e a direito, fazem-se almoços e jantares de empresas, onde se juntam em ambiente festivo pessoas que se calhar se detestam o resto do ano, somos bombardeados com possíveis ofertas para os pais, filhos, namorados/as, todo o tipo de bebidas e comidas adequadas à época, no dia 25 lá vão passar na televisão 50 reportagens, sempre iguais ano após ano, sobre as ementas de Natal com o famigerado bacalhau com couves (mas há tantas maneiras bem melhores de comer bacalhau, por que raio é que há-de ser com couves?). E, claro, vai passar pela 35ª vez o “Sozinho em casa” na SIC.
Passam-se dias numa azáfama absurda para comprar presentes, o que provoca filas intermináveis nos centros comerciais e no trânsito. E se todos ficassem sossegadinhos em casa e dessem só prendas aos filhos, como se fazia antes? Não havia
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