Agora a Sério…

Como já aqui disse, não tenho religião, apesar de não ser ateu. Como tal, a morte de um Papa não me atinge como porventura atingirá os crentes (descontando os fingimentos e as hipocrisias).
Olhando a actuação de João Paulo II como aquilo que um Papa é, essencialmente um chefe político, teve coisas positivas e outras negativas.
Admiro a simpatia e a coragem pessoal, as tentativas de conciliação com outros credos, os pedidos de desculpas aos judeus e pelas vítimas da inquisição, etc. (mais vale tarde que nunca).
Abomino as atitudes ultramontanas em relação ao sexo, ao aborto, ao uso dos contraceptivos, ao celibato dos padres e à discriminação da mulher e à continuação da ausência cínica do Vaticano (que é um estado rico!) em tudo o que é catástrofe humana ou natural – alguém se lembra de alguma vez ter ouvido que o Vaticano doou verbas para ajudar alguém?
Posto isto, convém dizer que a cobertura televisiva do sucedido tem raiado o exagero, embora não tenha chegado ao extremo espanhol (24 horas de cobertura contínua!), que há gente que parece não ter cérebro (mas isso já sabíamos…) e que os políticos adoram mostrar-se nestes acontecimentos (nada que nos admire).

tuguinho, cínico confesso

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