O que os outros disseram (XXXIV)

“...para quem, como eu, se tenha perdido na interminável novela das oito (“pequena Maddie, uma história de crime, sexo e traição”), não vale a pena ler jornais e ver televisão para perceber seja o que for. Que o jornalismo desistiu de nos dar informação, não é novidade para ninguém. Mas o ponto a que chegámos, com Moita Flores a dirigir a Câmara de Santarém nos estúdios da SIC, um senhor que dá pelo nome de Barra da Costa a ter delírios psicóticos em directo, condenações feitas por especialistas em expressão facial, populares a fazer julgamentos de rua porque a mãe "nunca chorou", repórteres a repetirem cada boato nas páginas dos jornais e a encherem directos com coisa nenhuma ultrapassa tudo o que a saúde pública ainda pode suportar. Uma dúvida para os jornalistas que têm alimentado esta loucura: não se sentem ridículos? Ou há figuras que, com o tempo, nos habituamos a fazer?”
(Daniel Oliveira, “Expresso”, 15-09-2007)

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