O campeão pré-fabricado

O Porto é bicampeão. Como se esperava. Desde Agosto. Antes do campeonato começar já se sabia que o Porto ia ser campeão. Quanto o Porto ganhou a Supertaça ao União de Leiria na pré-época, em Agosto, com um golo em que o Costinha cabeceou as mãos do guarda-redes adversário e fê-lo atirar a bola para dentro da baliza, ficou feito o filme de toda a época.
Nessa altura eu disse que o melhor era darem já os troféus do campeonato, da Taça e da Supertaça ao Porto, porque assim não valia a pena jogar.
Aqui chegados, 8 meses depois, confirmou-se tudo até ao último pormenor. Desde golos limpos anulados aos adversários, penalties contra não assinalados, faltas inventadas a favor, jogadores por expulsar e expulsões injustas aos adversários, houve de tudo um pouco. Agora toda a gente só se lembra de elogiar a grande eficácia, o grande futebol, a grande gestão do plantel do Porto, ainda por cima reforçada por uma grande carreira na Europa (com todo o mérito, acrescente-se). A memória é curta, e todos os benefícios acumulados ao longo da época acabam por passar despercebidos no final, quando o avanço sobre os adversários se tornou inultrapassável.
Mas se este campeonato fosse analisado jornada a jornada, a conclusão a tirar seria que a classificação é falsa como Judas. Por isso digo, desde há muitos meses, que estamos perante um campeão pré-fabricado. Que agora se concretizou, como se previa desde Agosto.

Kroniketas, sempre kontra as tretas

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