Natascha, a manipuladora


Esta é a manchete da revista Sábado desta semana, já nas bancas. Em subtítulo refere-se que a forma como ela ficou traumatizada por oito anos de cativeiro é querer controlar os pais, os jornais e o dinheiro.
Se isto não fosse nojento dava vontade de rir. Então estes senhores, que vivem da exploração ignóbil e imoral da desgraça alheia, usando de todos os meios para trazer à praça pública qualquer vício privado das figuras conhecidas, imiscuindo-se vergonhosamente na vida íntima das pessoas, fazendo pseudo-reportagens sobre o que fazem nas noites de férias ou comem ao pequeno-almoço, têm agora o desplante de vir chamar manipuladora a uma pessoa que esteve encarcerada oito anos e a quem foi roubada a juventude? Com que direito vêm criticá-la depois daquilo por que ela passou?
Se ela não lhes desse bola lá se iam as reportagens bombásticas para os tansos comprarem e darem largas aos seus instintos voyeuristas. Agora queixam-se de que ela quer controlar o dinheiro e os jornais? Se querem explorar o infeliz destino da rapariga, acho bem que paguem isso bem caro. Se não gostam, calem-se e deixem-na tentar viver a vida que lhe resta em paz, ou com a paz que for possível. Será que gostariam de ter estado no lugar dela, estes hipócritas?
Ainda hoje o meu filho (12 anos) me dava conta da sua surpresa com as notícias acerca da Natascha. Dizia ele que “sabem todos os passos que ela dá”, porque ouviu na televisão que “Natascha foi esquiar”. E perguntava ele: “mas o que é que isso interessa a alguém?”
No final de Agosto vieram mais uma vez trazer novas revelações sobre a Lady Diana. Claro, não podia faltar. Não sabem fazer mais nada e vivem disso. Deviam ter vergonha.

Kroniketas, sempre kontra as tretas

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