Fundações, associações, ramificações e outras coisas acabadas em “ões”
Não sou propriamente um insensível. Há muitas causas e propósitos que despertam a minha atenção e que acho válidas e, numa primeira análise, bem intencionadas. Mas confesso aqui perante vós, leitores (o que no nosso caso é mais ou menos como uma espécie de confessionário laico), que começo (isto é um eufemismo) a estar farto de ser interpelado a torto e a direito de cada vez que vou a algum sítio público (como centros comerciais e hipermercados) por representantes das mais diversas iniciativas de auxílio ao próximo e mesmo ao longínquo! Irra! Tal como o Kroniketas com a canção da Shakira, começa a ser demais! Às vezes quase parecem aqueles imbecis das vendas agressivas a tentarem impingir qualquer coisa. Eu gosto de ajudar, mas o que é demais é demais! Será que para qualquer coisa tem de haver um peditório? E que toda e qualquer iniciativa para auxiliar alguém ou realizar alguma coisa tenha de ter uma estrutura permanente por trás, seja fundação, ou associação, ou etc.?É que tanto pedido acaba por ser contraproducente. Gosto de dar, não gosto de quase ser obrigado a dar. Chateia-me, o que é que querem? E às vezes leva-me a usar o tradicional “já dei”. Enfim, tudo o que é demais cansa.
tuguinho, cínico atordoado
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