E que tal fazer-lhes uma espera?
10 de Junho – Arrastão na praia de Carcavelos. Pessoas assaltadas e agredidas por vários grupos de dezenas ou centenas de indivíduos.
20 de Junho – Assalto aos passageiros no comboio da linha de Sintra entre as estações de Amadora e Queluz. Um dos três assaltantes exibiu uma faca.
25 de Junho – Um grupo de 20 indivíduos residentes na Costa de Caparica, acampados na praia do Carvalhal, perto de Grândola, agrediu com pontapés e pauladas na cabeça um jovem de 19 anos que acusavam de lhes ter roubado artigos de pesca. O agredido ficou em estado de coma. Os agressores ameaçaram voltar. A GNR de Tróia e da Comporta não compareceram ao local por falta de meios!!!
No espaço de duas semanas fomos confrontados com estas sucessivas notícias de ataques à população por parte de grupos organizados. Em Carcavelos, os turistas deixaram de ir à praia porque têm medo. Nos comboios da linha de Sintra há quem não circule a partir do fim da tarde porque tem medo. Na aldeia do Carvalhal os moradores têm medo que os agressores voltem.
Afinal, em que país estamos nós? Estamos a ficar permanentemente cheios de medo porque há por aí uns facínoras que atacam tudo e todos impunemente? Teremos que começar a ter medo só de sair à rua, porque as autoridades competentes não põem fim a este estado de coisas?
Então se as autoridades não fazem nada, terão de ser os próprios cidadãos a tomar a seu cargo a resolução dos problemas e fazer justiça pelas próprias mãos?
Quando acontecem estas situações lembro-me logo daqueles filmes americanos em que aparecem os “vigilantes”, que tratam da saúde aos criminosos (o Charles Bronson protagonizou vários filmes nesse papel). Lembram-se, aqui há uns anos, de terem aparecido umas milícias populares lá para os lados de Braga por causa duma comunidade de ciganos?
Depois aparecem sempre os defensores dos bons costumes a alertar para o perigo e para a ilegalidade destas situações. Mas se as autoridades não protegem o cidadão contra os meliantes, não terá o cidadão legitimidade para se defender?
E se, um dia destes, os passageiros da linha de Sintra, em vez de ficarem tolhidos pelo medo ao verem entrar no comboio uns bandidos para os assaltar, fizessem valer a superioridade numérica e se atirassem a eles, lhes dessem uma valente sova e a seguir os mandassem borda fora pela janela do comboio? Perdia-se alguma coisa?
E se os habitantes da aldeia do Carvalhal, em vez de estarem acagaçados com medo que os 20 da Caparica voltem para agredir mais pessoas (que valentões que eles são, 20 a baterem num!), se organizassem e lhes fizessem uma espera e lhes dessem o mesmo tratamento? Se toda a população se juntasse contra eles o que aconteceria?
Palavra de honra, do que isto está mesmo a precisar é que as populações deixem de ter medo e reajam contra aqueles que lhes querem fazer mal. Se um grupo de “populares”, um dia destes, limpasse o sebo a uns quantos bandidos, podia ser que estes começassem a baixar a bolinha. Depois venham as autoridades pedir responsabilidades aos autores: ora, não foi ninguém.
Kroniketas, sempre kontra as tretas
20 de Junho – Assalto aos passageiros no comboio da linha de Sintra entre as estações de Amadora e Queluz. Um dos três assaltantes exibiu uma faca.
25 de Junho – Um grupo de 20 indivíduos residentes na Costa de Caparica, acampados na praia do Carvalhal, perto de Grândola, agrediu com pontapés e pauladas na cabeça um jovem de 19 anos que acusavam de lhes ter roubado artigos de pesca. O agredido ficou em estado de coma. Os agressores ameaçaram voltar. A GNR de Tróia e da Comporta não compareceram ao local por falta de meios!!!
No espaço de duas semanas fomos confrontados com estas sucessivas notícias de ataques à população por parte de grupos organizados. Em Carcavelos, os turistas deixaram de ir à praia porque têm medo. Nos comboios da linha de Sintra há quem não circule a partir do fim da tarde porque tem medo. Na aldeia do Carvalhal os moradores têm medo que os agressores voltem.
Afinal, em que país estamos nós? Estamos a ficar permanentemente cheios de medo porque há por aí uns facínoras que atacam tudo e todos impunemente? Teremos que começar a ter medo só de sair à rua, porque as autoridades competentes não põem fim a este estado de coisas?
Então se as autoridades não fazem nada, terão de ser os próprios cidadãos a tomar a seu cargo a resolução dos problemas e fazer justiça pelas próprias mãos?
Quando acontecem estas situações lembro-me logo daqueles filmes americanos em que aparecem os “vigilantes”, que tratam da saúde aos criminosos (o Charles Bronson protagonizou vários filmes nesse papel). Lembram-se, aqui há uns anos, de terem aparecido umas milícias populares lá para os lados de Braga por causa duma comunidade de ciganos?
Depois aparecem sempre os defensores dos bons costumes a alertar para o perigo e para a ilegalidade destas situações. Mas se as autoridades não protegem o cidadão contra os meliantes, não terá o cidadão legitimidade para se defender?
E se, um dia destes, os passageiros da linha de Sintra, em vez de ficarem tolhidos pelo medo ao verem entrar no comboio uns bandidos para os assaltar, fizessem valer a superioridade numérica e se atirassem a eles, lhes dessem uma valente sova e a seguir os mandassem borda fora pela janela do comboio? Perdia-se alguma coisa?
E se os habitantes da aldeia do Carvalhal, em vez de estarem acagaçados com medo que os 20 da Caparica voltem para agredir mais pessoas (que valentões que eles são, 20 a baterem num!), se organizassem e lhes fizessem uma espera e lhes dessem o mesmo tratamento? Se toda a população se juntasse contra eles o que aconteceria?
Palavra de honra, do que isto está mesmo a precisar é que as populações deixem de ter medo e reajam contra aqueles que lhes querem fazer mal. Se um grupo de “populares”, um dia destes, limpasse o sebo a uns quantos bandidos, podia ser que estes começassem a baixar a bolinha. Depois venham as autoridades pedir responsabilidades aos autores: ora, não foi ninguém.
Kroniketas, sempre kontra as tretas
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