Ladrando à Lua (17) – A Mulher de César

Diz o ditado que “à mulher de César não basta ser séria, tem de parecê-lo”! Com o nível cultural médio dos nossos políticos, especialmente os dos escalões secundários (é incrível como o futebolês casa bem com a política!), não duvido que seja desconhecido de muitos deles. Tenho a certeza de que é isso que acontece em Celorico de Basto, porque não acredito numa situação de favorecimento político (espero que tenha transparecido a ironia…). Então não é que na respectiva Câmara Municipal trabalham 17-almas-17 que têm em comum o facto de serem rebentos de Presidentes ou Secretários de Juntas de Freguesia do concelho? E por sinal, coincidência de certeza, todos de Juntas do PSD, a mesma cor política do distinto representante do povo na presidência da câmara!
Disse este autêntico ícone da democracia participativa, devorador do desemprego e incentivador demográfico no concelho (pelo menos nas freguesias do PSD e em relação a futuros presidentes ou secretários de junta), que tudo é transparente e que se eles lá estão é porque foram os mais competentes para os lugarzitos na autarquia. Bate certo, senão vamos ver: o PSD está no poder, por isso devem ser os mais competentes, ou o povo não os teria escolhido (como é que se faz um smiley nesta coisa?); se isto é verdade, também o é quando descemos na escala e passamos do governo central às autarquias; se isto é verdade, também os descendentes dos mais competentes serão os mais competentes (estão a seguir até aqui?); se isto é verdade, não há surpresa nenhuma que sejam descendentes de autarcas do PSD a abotoarem-se com as posições na Câmara! Tudo o mais que se disser, que é clientelismo ou jobs for the boys, é pura manipulação (até porque há algumas girls à mistura)!
E mais não digo, porque não se me afigura necessário.
A bem da nação

tuguinho, cínico encartado (a caminho de Celorico de Basto na tentativa de ser adoptado por algum autarca local…)

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O Maratonista - Jornal de Notícias Discretas (III)

25 de Abril sempre?

Com espírito pouco natalício