A queda



Ultimamente tenho ouvido e lido cada vez mais um erro crasso de português que parece ser invisível para quase toda a gente, mas continua a ser um erro. Falo da não acentuação do pretérito perfeito do indicativo, não sei por que obscura “razão”. O certo é que cada vez mais tenho ouvido pessoas a pronunciar “falãmos” quando se está a referir a uma acção passada e terminada. Da mesma forma, vejo cada vez mais frequentemente a grafia errada em textos de jornais com responsabilidade (das televisões nem é bom falar…), em que se grafa “falamos” quando devia ser “falámos”! Meus caros amigos, mesmo os brasileiros, que escrevem sem o acento, pronunciam “falámos” e não “falãmos”. Não há razão nenhuma para esta queda. A minha saudosa professora primária não se enganou quando nos ensinou os verbos, penso eu “de que”!
Que pessoas sem instrução atropelem a gramática, é a vida. Agora que gente que teve o privilégio de poder aprender o faça também, isso é que me causa admiração. É esta ignorância subreptícia que acaba por se tornar norma que me causa medo! Ainda vamos todos acabar a dizer “há-des” e “gostastes” porque assim o faz a maioria…

tuguinho, cínico descoroçoado

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