As músicas da minha vida 1 - Fim de 1973: Procol Harum - "Grand Hotel"

É melhor avisar desde já que estas krónikas serão totalmente parciais. Não há aqui espaço para democracia, igualdade e etc. Vão ser totalmente despóticas e falar apenas da música de que eu gosto ou de que já gostei. Posto isto, vamos começar. A história começa mais ou menos na primeira metade dos anos setenta porque, dos anos sessenta, só me lembro de ouvir “San Francisco” do Scott McKenzie na rádio. Portanto, muito pouco. Claro que todos começamos por ouvir aquilo que nos impingem. E se hoje o impingem muito mais cedo (basta olhar para os tops para ver a catrefada de discos infantis que se vende), não sei com que consequências nefastas na formação do gosto futuro dos infantes*, por essa altura as coisas vinham mais naturalmente, através do festival da canção, de uma rádio controlada pelos gostos da ditadura e de outros nefandos programas de música da RTP, ao bel-prazer do que nos chegava ao ouvido. Andava eu pelos enviesados caminhos das Vicky Leandros e dos Demis Roussos desta vida ...