Os “senhores doutores” de merda
Não sei se “ignomínia” é uma expressão suficientemente forte para classificar o que se tem passado e tem vindo a lume com as pseudo-“juntas médicas” que recusaram a reforma a funcionários que padecem de cancro, entre outras situações menos graves. Depois de ler as sucessivas notícias sobre casos conhecidos (esta semana apareceram mais, e estes são só os que foram denunciados) e, ainda por cima, os comentários jocosos de que foram alvo os doentes em causa, só posso sentir nojo por estes crápulas que se arrogam o direito de brincar com a vida e a desgraça das pessoas. Como é possível que um professor morra de cancro enquanto é forçado a dar aulas? Como é possível que um professor com cancro na laringe (saberão esses anormais que as aulas se dão... falando?) ouça um comentário de que “se tratasse dos dentes e fizesse uma limpeza aos ouvidos ficava muito bem”? Como é possível que alguém diga que “a senhora não quer é trabalhar”? Mas quem é que eles se julgam? Serão eles, na realidade, médi...