E se o Benfica não mandasse no VAR?


Como é sabido, o vídeo-árbitro, ou VAR, foi introduzido no principal campeonato de futebol em Portugal na época passada.

Logo se levantou a habitual brigada da má-língua do 2º maior clube português (o anti-Benfica) para determinar que “com o VAR é que se vai acabar o colinho” do maior clube português (obviamente, o Benfica).

Mas como a maioria das decisões não foram contra o Benfica, e até ajudaram a esclarecer algumas jogadas que ditaram a tomada de algumas decisões a favor do Benfica (como um golo anulado ao Portimonense no Estádio da Luz no último minuto, que daria o empate), logo a mesma brigada saiu a terreiro para ditar que o Benfica mandava no VAR.

Estamos quase a meio da segunda época com o VAR no campeonato português, e o Benfica está em 4º lugar na Liga portuguesa, a 4 pontos do 1º lugar e atrás de Sp. Braga, Sporting e FC Porto. E com o que se tem visto nas últimas semanas, dei por mim a pensar como seria o campeonato português se o Benfica não mandasse efectivamente no VAR...

Vejamos o que poderia acontecer em campo, num mero exercício hipotético e apenas com base em suposições...

Se o Benfica NÃO MANDASSE NO VAR:

1) Um árbitro poderia anular um golo ao FC Porto contra o Feirense, por fora-de-jogo de Felipe, e em seguida usar o visionamento do VAR para alterar a decisão e validar o mesmo golo, quando as imagens mostravam que Felipe estava realmente em fora-de-jogo;

2) Um árbitro poderia não assinalar um penalty contra o FC Porto no Estádio do Bessa, aos 78 minutos, por falta de Brahimi com o resultado em 0-0, o que permitiria que o FC Porto acabasse por ganhar ao Boavista com um golo no final dos descontos;

3) Um árbitro poderia voltar a não assinalar um penalty contra o FC Porto, por falta sobre Nakajima, que poderia colocar o Portimonense a ganhar por 2-0 no Estádio do Dragão aos 18 minutos;

4) Um árbitro poderia validar o golo da vitória do FC Porto nos Açores, depois de consultar o VAR e considerar legal um puxão de Tiquinho Soares a um defesa do Santa Clara no início da jogada;

5) Um árbitro poderia assinalar um penalty sobre Bas Dost depois de um encosto de um defesa no avançado holandês, quando o Desp. Aves ganhava ao Sporting no Estádio José Alvalade por 1-0 aos 40 minutos;

6) Um árbitro poderia assinalar dois penalties sobre Bas Dost, depois de o Nacional da Madeira estar a ganhar por 2-0 no Estádio José Alvalade aos 25 minutos, por evidentes dificuldades de equilíbrio do enorme avançado holandês (1,96 m).

Isto seriam alguns acontecimentos que poderiam ocorrer no futebol português se o Benfica não mandasse no VAR. Mas como, felizmente, o BENFICA MANDA NO VAR, qualquer semelhança destes hipotéticos acontecimentos com a realidade é, obviamente, uma mera e casual coincidência.

Kroniketas, sempre kontra as tretas

Imagem obtida a partir de um motor de busca

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