Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2013

Execução fiscal a mortos

Não consigo deixar de me surpreender com a incompetência, prepotência e estupidez que grassa pelos serviços de Finanças de Odemira, que para além de notificarem pessoas que faleceram há mais de 30 anos e para uma morada onde nunca viveram, ainda se acham no direito de aplicar execuções fiscais a bens que foram alienados há mais de 40 anos e cujos artigos já nem existem. Atitudes deste género são típicas de quem acha que pode aterrorizar os contribuintes com ameaças de penhoras e a quem tudo é permitido, porque se acham no direito de esmifrar quem lhes apetece e quando lhes apetece, mesmo que isso resulte do péssimo funcionamento dum serviço que, para além de sugar o dinheiro do Estado, mais não faz que assaltar sem dó nem piedade aqueles que, não tendo meios para se defender, se vêem compelidos a pagar ao fisco despesas que não lhes compete. Neste particular as finanças de Odemira primam pelo destaque, pois qualquer imbecil que resolva chatear um contribuinte que já morreu, até se

Que reforma do Estado?

Fala-se muito por estes dias na necessidade de proceder a uma “reforma do Estado”, invocando quase sempre como motivo o peso excessivo que os salários da função pública têm na despesa pública, sempre sob a alegação de que existe excesso de funcionários. Os números reais contrariam esta tese, pois quer a nível da população activa quer a nível do peso dos salários em relação ao PIB, Portugal não só não está acima da maioria dos seus parceiros europeus como, pelo contrário, até fica abaixo da média da UE-27, da zona Euro e da OCDE nesses indicadores. Acresce que actualmente Portugal tem ao seu serviço cerca de 575.000 funcionários públicos, o valor mais baixo dos últimos 20 anos... Que o Estado português é ineficiente, lento, pesado, excessivamente burocrático, e que muitas vezes atrapalha mais o cidadão que deveria servir do que ajuda, e que parece muitas vezes existir apenas para se alimentar a si próprio e continuar a subsistir, é uma realidade que todos, utentes dos serviços público