Palhaçadas, paineleiros e patetices
Finalmente acabou a época futebolística em Portugal e, com ela, um ano penoso de comentários televisivos em diversos canais. Distribuídos pela SIC Notícias, TVI 24 e RTP N, temos três painéis de comentadores afectos aos três maiores clubes portugueses, que têm à sua disposição um veículo privilegiado, ainda por cima pago a bom preço, para despejarem os seus conhecimentos ou a sua ignorância futebolística.
Neste aspecto, o pior cenário é o que se passa na TVI 24, no programa “Prolongamento”, onde estão Pôncio Monteiro (FCP), Fernando Seara (SLB) e Eduardo Barroso (SCP). Desde o primeiro programa que foi para o ar, no início de 2009, ficou patente que, mais que um programa de comentário desportivo, aquilo era um programa cómico. Logo na primeira emissão foram evidentes as palhaçadas de Pôncio Monteiro, que já devia estar sossegado em casa a tratar dos netos em vez de estar a fazer a triste figura que faz na televisão.
Fazendo uso da cassete que todos usam lá no burgo, põe aquele ar alarve enquanto olha para o ar como se fosse sair dali uma grande tirada, e depois lá sai mais uma atoarda contra o Benfica e a dizer que o Porto é o melhor do mundo e arredores, porque ele não dá para mais. Durante a última época repetiu até à náusea a conversa do túnel, à falta de melhor argumento, e entre todas as palhaçadas que fez atingiu o auge a seguir ao Porto-Benfica da penúltima jornada do campeonato (3-1), levantando-se várias vezes e indo para o meio do estúdio para demonstrar um túnel que o Belluschi teria feito ao Aimar na jogada do 3º golo. Um autêntico palhaço.
Do lado oposto ao palhaço temos o cirurgião Eduardo Barroso, homem certamente competente e respeitado no seu meio, mas que se comporta como um verdadeiro tontinho, um indigente, com o comportamento mais primário que se possa imaginar, um verdadeiro pateta. Neste campo consegue ser ainda mais obtuso que o Miguel Sousa Tavares, que ao menos fundamenta aquilo que diz, apresentando um discurso tão primário que até mete dó. Debita banalidades e disparates com o ar mais compenetrado do mundo, convencido que está a prestar um grande serviço ao “seu querido Sporting”, sem ter a menor noção do ridículo em que cai. Passa o tempo a dizer que não percebe nada de futebol e a comparar os seus conhecimentos com os de António Pedro Vasconcelos, a citar o que o filho mais velho lhe diz, e a lembrar à saciedade que é antibenfiquista. Pela indigência das suas intervenções, o seu antibenfiquismo primário deve ser, seguramente, o único motivo por que lá está. Só sabe dizer que o Rui Patrício é o melhor guarda-redes português (vá lá saber-se porquê), a vociferar contra o seleccionador pelos jogadores do Sporting que não convoca, a dizer que se não tivessem perdido os pontos todos que perderam estariam a lutar pelo primeiro lugar e a alimentar patéticas esperanças que os adversários do Benfica o derrotem, o que seria a sua grande alegria da época, aliás a única. Até já confessou que os amigos lhe perguntam porque é que é tão troglodita nos seus comentários e não pode com Rui Santos, porque este fala do que de mal se passa no Sporting, tendo classificado de palhaçada a petição entregue pelo jornalista na Assembleia da República. Se o Porto está representado por um imbecil, o Sporting está representado por um pateta.
No meio destas duas anémonas, um Fernando Seara punhos de renda enrola, enrola, enrola, ameaça falar disto e daquilo mas nunca chega a lado nenhum. Parece aquelas equipas que mastigam o jogo a meio-campo mas nunca conseguem concretizar. Como se não bastasse o azar que lhe caiu na rifa no programa, para onde foi para fugir do insuportável Dias Ferreira, ainda tem o azar de ter uma mulher portista e um filho sportinguista… É muito azar para uma pessoa só.
Na SIC Notícias, em “O dia seguinte”, temos dois dos comentadores mais antigos, José Guilherme Aguiar (FCP) e Dias “cão raivoso” Ferreira, um sportinguista que tem um ódio de morte ao Benfica e que chega a ficar vermelho… de cólera com o seu ódio contra o rival da 2ª circular. Enfurece-se quando falam do Sporting e queixa-se quando não falam do Sporting porque não lhe dão atenção. Tem também um ódio de estimação por Rui Santos, contra quem vocifera quase todas as semanas, mas como todas as pessoas de maus fígados não consegue aguentar a resposta e perde-se em longas diatribes contra o jornalista quando este, no “Tempo extra”, riposta aos seus ataques de fúria. José Guilherme Aguiar, apesar de tudo, ainda é dos mais equilibrados nas suas intervenções, fundamentadas e mesmo assim ponderadas. Comparado com os outros, é um oásis de esclarecimento. Entre estes tubarões, o benfiquista Sílvio Cervan costuma ser mais ou menos cilindrado.
No meio desta tristeza, o painel da RTP N no “Trio de ataque” ainda é o mais equilibrado. Rui Moreira (FCP), António Pedro Vasconcelos (SLB) e Rui Oliveira e Costa (SCP) ainda conseguem falar de futebol e discutir as questões técnico-tácticas do jogo e debater taco-a-taco. Neste painel, António Pedro Vasconcelos é o único benfiquista que leva o trabalho de casa preparado para atirar a munição contra os outros com as mesmas armas, o que às vezes tira do sério Rui Oliveira e Costa, que perde a calma perante a frontalidade do cineasta.
Agora vamos estar livres destes “paineleiros” (como lhes chamou Alfredo Farinha) até à próxima época, mas infelizmente começou um mês de indigência televisiva com reportagens diárias da selecção nacional na África do Sul, com os repórteres a fazerem perguntas imbecis a espectadores imbecis para respostas imbecis, com directos do hotel, do treino, do almoço, da ida à casa de banho ou dos jogadores a coçarem o rabo…
Kroniketas, sempre kontra as tretas
Neste aspecto, o pior cenário é o que se passa na TVI 24, no programa “Prolongamento”, onde estão Pôncio Monteiro (FCP), Fernando Seara (SLB) e Eduardo Barroso (SCP). Desde o primeiro programa que foi para o ar, no início de 2009, ficou patente que, mais que um programa de comentário desportivo, aquilo era um programa cómico. Logo na primeira emissão foram evidentes as palhaçadas de Pôncio Monteiro, que já devia estar sossegado em casa a tratar dos netos em vez de estar a fazer a triste figura que faz na televisão.
Fazendo uso da cassete que todos usam lá no burgo, põe aquele ar alarve enquanto olha para o ar como se fosse sair dali uma grande tirada, e depois lá sai mais uma atoarda contra o Benfica e a dizer que o Porto é o melhor do mundo e arredores, porque ele não dá para mais. Durante a última época repetiu até à náusea a conversa do túnel, à falta de melhor argumento, e entre todas as palhaçadas que fez atingiu o auge a seguir ao Porto-Benfica da penúltima jornada do campeonato (3-1), levantando-se várias vezes e indo para o meio do estúdio para demonstrar um túnel que o Belluschi teria feito ao Aimar na jogada do 3º golo. Um autêntico palhaço.
Do lado oposto ao palhaço temos o cirurgião Eduardo Barroso, homem certamente competente e respeitado no seu meio, mas que se comporta como um verdadeiro tontinho, um indigente, com o comportamento mais primário que se possa imaginar, um verdadeiro pateta. Neste campo consegue ser ainda mais obtuso que o Miguel Sousa Tavares, que ao menos fundamenta aquilo que diz, apresentando um discurso tão primário que até mete dó. Debita banalidades e disparates com o ar mais compenetrado do mundo, convencido que está a prestar um grande serviço ao “seu querido Sporting”, sem ter a menor noção do ridículo em que cai. Passa o tempo a dizer que não percebe nada de futebol e a comparar os seus conhecimentos com os de António Pedro Vasconcelos, a citar o que o filho mais velho lhe diz, e a lembrar à saciedade que é antibenfiquista. Pela indigência das suas intervenções, o seu antibenfiquismo primário deve ser, seguramente, o único motivo por que lá está. Só sabe dizer que o Rui Patrício é o melhor guarda-redes português (vá lá saber-se porquê), a vociferar contra o seleccionador pelos jogadores do Sporting que não convoca, a dizer que se não tivessem perdido os pontos todos que perderam estariam a lutar pelo primeiro lugar e a alimentar patéticas esperanças que os adversários do Benfica o derrotem, o que seria a sua grande alegria da época, aliás a única. Até já confessou que os amigos lhe perguntam porque é que é tão troglodita nos seus comentários e não pode com Rui Santos, porque este fala do que de mal se passa no Sporting, tendo classificado de palhaçada a petição entregue pelo jornalista na Assembleia da República. Se o Porto está representado por um imbecil, o Sporting está representado por um pateta.
No meio destas duas anémonas, um Fernando Seara punhos de renda enrola, enrola, enrola, ameaça falar disto e daquilo mas nunca chega a lado nenhum. Parece aquelas equipas que mastigam o jogo a meio-campo mas nunca conseguem concretizar. Como se não bastasse o azar que lhe caiu na rifa no programa, para onde foi para fugir do insuportável Dias Ferreira, ainda tem o azar de ter uma mulher portista e um filho sportinguista… É muito azar para uma pessoa só.
Na SIC Notícias, em “O dia seguinte”, temos dois dos comentadores mais antigos, José Guilherme Aguiar (FCP) e Dias “cão raivoso” Ferreira, um sportinguista que tem um ódio de morte ao Benfica e que chega a ficar vermelho… de cólera com o seu ódio contra o rival da 2ª circular. Enfurece-se quando falam do Sporting e queixa-se quando não falam do Sporting porque não lhe dão atenção. Tem também um ódio de estimação por Rui Santos, contra quem vocifera quase todas as semanas, mas como todas as pessoas de maus fígados não consegue aguentar a resposta e perde-se em longas diatribes contra o jornalista quando este, no “Tempo extra”, riposta aos seus ataques de fúria. José Guilherme Aguiar, apesar de tudo, ainda é dos mais equilibrados nas suas intervenções, fundamentadas e mesmo assim ponderadas. Comparado com os outros, é um oásis de esclarecimento. Entre estes tubarões, o benfiquista Sílvio Cervan costuma ser mais ou menos cilindrado.
No meio desta tristeza, o painel da RTP N no “Trio de ataque” ainda é o mais equilibrado. Rui Moreira (FCP), António Pedro Vasconcelos (SLB) e Rui Oliveira e Costa (SCP) ainda conseguem falar de futebol e discutir as questões técnico-tácticas do jogo e debater taco-a-taco. Neste painel, António Pedro Vasconcelos é o único benfiquista que leva o trabalho de casa preparado para atirar a munição contra os outros com as mesmas armas, o que às vezes tira do sério Rui Oliveira e Costa, que perde a calma perante a frontalidade do cineasta.
Agora vamos estar livres destes “paineleiros” (como lhes chamou Alfredo Farinha) até à próxima época, mas infelizmente começou um mês de indigência televisiva com reportagens diárias da selecção nacional na África do Sul, com os repórteres a fazerem perguntas imbecis a espectadores imbecis para respostas imbecis, com directos do hotel, do treino, do almoço, da ida à casa de banho ou dos jogadores a coçarem o rabo…
Kroniketas, sempre kontra as tretas
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